07 setembro 2007


C.A.S.A. – Centro de Acolhimento para os Sem Abrigo

A TÉGUA – Associação de Desenvolvimento Regional D’Entre Tejo e Guadiana, surgiu em 1998 como Associação Sem Fins Lucrativos (IPSS) – Instituição Particular de Solidariedade Social.

O C.A.S.A. – Centro de Acolhimento para os Sem Abrigo foi inaugurado em Fevereiro de 2001,nasce de um projecto da TÉGUA em parceria com o Instituto de Solidariedade e Segurança Social e Administração Regional de Saúde e está a funcionar no Edifício Penedo em Portalegre.

Trata-se de um equipamento social destinado a acolher os Sem Abrigo, com vista a reduzir o grave problema das pessoas que não têm abrigo e perderam referências familiares, profissionais, sociais e se encontram em situação de grave carência.

A actividade desenvolvida pelo C.A.S.A. neste período de tempo centrou-se na principal valência – o acolhimento, para o qual se encontra vocacionado, embora possamos falar de vários tipos de apoio prestados: acolhimento temporário de jovens adultos de ambos os sexos; apoio externo na tomada de refeições; tratamento de roupas; serviços de higiene pessoal.

A formação e o emprego são fundamentais para a reconstrução dos projectos de vida dos utentes e contribuem para uma melhor inserção no tecido social.

A nossa Instituição tem capacidade para acolher 18 utentes (15 do sexo masculino e 3 do sexo feminino). A maioria dos utentes do centro são do sexo masculino e correspondem a jovens adultos com idades compreendidas entre os 25 e os 40 anos. Relativamente aos utentes do sexo feminino verificamos uma taxa de ocupação menor e a maior incidência recai sobre as mulheres entre os 30 e os 40 anos. Verifica-se também que não existe uma idade padrão para os sem-abrigo, esta forma de exclusão social atinge todas as idades em sentido alargado, por isso a população que o centro acolhe é bastante heterogénea.

O perfil típico do sem-abrigo que vive na rua é elaborado de acordo com aspectos base que a nossa população naturalmente evidencia:

- Perda de casa;

- Ocupação ilegal de casas devolutas;

- Ocupantes de barracas;

- Passado institucional;

- Baixo grau de escolaridade;

- Perda de contacto com os familiares;

- Vítimas de maus tratos;

- Vítimas de descriminação;

- Ex-reclusos;

- Toxicodependentes em recuperação;

- Mulheres com um passado de prostituição, entre outros.

O centro apoia assim uma camada da população bastante carenciada, que para além de necessitar de resposta urgente na área do acolhimento, necessita do restabelecimento da saúde e do equilíbrio psicológico.

O centro de acolhimento conta com uma rede de parceiros bastante alargada, de entre os quais se salientam, os serviços sociais do Instituto de Solidariedade e Segurança Social, o CAT, a Câmara Municipal de Portalegre, o Centro de Saúde de Portalegre, os Serviços de Psiquiatria do Hospital Dr. José Maria Grande, a PSP, GNR, Bombeiros, Centro de Emprego e Centro de Formação Profissional, entre outros. As duas últimas instituições referidas constituem parceiros sociais de grande importância no que respeita à possibilidade de integração dos nossos utentes em cursos de formação profissional e/ou posterior integração em programas de ocupação profissional. Com excepção dos doentes mentais portadores de doença crónica, quase todos os outros utentes acabam por exercer uma actividade ocupacional. A formação e o emprego parecem ser fundamentais para a reconstrução dos projectos de vida dos nossos utentes e contribuir para uma melhor inserção no tecido social, de uma forma geral podemos dizer que os utentes do centro de acolhimento têm vindo cada vez mais a ganhar uma maior aceitação junto da comunidade.

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